Textos de Amor

Ao amor que lhe matou

Foi um pouco difícil
Gostar de você nos primeiros momentos
Não tinha costume e
Parecia como andar descalço sobre o cimento
Refresca, mas você tem que calejar os pés.
Você trouxe algo que não tinha
Coisas que desejava mas que nunca havia encontrado
Seus braços eram uma espécie de refugio
Onde me deitava para apreciar as estrelas
Agora através de uma bruma branca e dançante
Você me trouxe o controle
O desabafo silencioso que apenas você pode dar
Você me trouxe para um mundo novo
Para um mundo que sempre há alguma coisa para fazer
Você me trouxe para um mundo
E me fez crer que um dia irei padecer.
Você entrou calmamente na minha vida
Primeiramente começamos a ficar
Houve um primeiro beijo, leve, único e rápido
Mas, eu não sabia para o quê verdadeiramente
Estava abrindo as portas do meu mundo sem significado,
Neste instante você entrou
Com seu jeito dominante
Com teu sabor que marca profundamente o interior
Quando te vejo, o ar se esvai de meu pulmão
Minha boca fica seca e meu sono se vai
Dando vazão a mais uma noite de solidão
Então, lhe procuro na madrugada
E se torna uma luz no final do túnel
Uma passarela de vaga-lumes de luz amarela
Você mostra o caminho
A estrada para perdição
Os degraus para o céu
Com direito a uma estadia nos campos da dor
Onde se expor é mais adequado
Para se partir mais rápido e com fervor
E você entrou na minha vida calmamente
Primeiro você disse que seria somente aquela vez
E as poucos as suas visitas foram aumentando
Até que me tornei escravo de você
Não sei se existe uma escapatória
Talvez haja, mas talvez prefira carregar esta cruz
Eu me apaixonei e não sei se prefiro a luz.

Ao amor que lhe matou

Autor: Adriano Villa

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