Contra todos e contra mim mesmo
Estou cansado de nadar contra a corrente
Quero uma praia para descansar.
Estou cansado de bater e ninguém abrir
Quero uma porta para entrar.
Minhas mãos estão calejadas
E meu coração esta gelado
Já não me reconheço no espelho
E meus pensamentos vão além do que se entende
Eu queria ter a resposta
Mas tudo que queria agora
Era poder entregar tudo para alguém
E depois ir embora
Como se nunca tivesse acontecido nada.
Um dia estive entre as nuvens
Hoje estou entre as chamas
Que não acendi!
Um dia estive com os pés na tua terra
Hoje estou na lama
Que não umedeci!
E acho que hoje estou
Contra todos e contra mim mesmo
Pois tudo que vejo
Já não faz sentido
Eu preciso de um abrigo
De um socorro
De um auxilio
Sou humano, não sou um deus
Minha carne é fraca
Meus pensamentos são fragéis
Minhas mãos estão frias
E meu coração esta rachado
Eu preciso de um abrigo
De um lugar onde seja recebido com festa
Sem precisar dar nada em troca
Onde minha presença seja recebida com jubilo
E que não bata na porta com a testa.
Eu preciso que alguém sorrie para mim
Não por precisar de algo que não posso dar
Mas pelo simples fato de eu apenas estar.
Autor: Adriano Villa