O que, na realidade, você quer de mim?
O descaso das suas palavras com os meus sentimentos faz com que o meu coração bata em tempo admirável e que as lágrimas, que até então não davam o ar da graça, rolem sem que eu tenha controle.
A minha tristeza é nítida, não consigo disfaçar. Disfarces não combinam comigo, não sei utilizá-los. Portanto, preservo a claridade da minha personalidade já tão desdenhada por aí. E penso que talvez tenha sido essa claridade que fez com que você se aproximasse de mim, ou talvez seja ela que venha me afastando de você.
Me encontro no mais alto nível de confusão sentimental. Mas, só queria que um dos meus questionamentos fosse respondido: O que, na realidade, você quer de mim? Quem sabe se eu conseguisse ao menos essa resposta a minha angústia dimunuísse… Ou me tomasse de vez.
Você se torna cada vez mais incerto. Não sei se me quer por perto ou distante. Não sei se tenho te feito bem ou mal. Não sei nem porque escrevi tudo isso. Afinal, o combinado é que sejamos felizes, não é mesmo? Sendo assim, vamos esquecer tudo o que disse até aqui. Vou distribuir alguns sorrisos por aí, encher minha caneca de café e deixar essa madrugada ir embora e, junto com ela, essa tristeza desnecessária.
Meu orgulho acaba de entrar em contato. Ah, ele te mandou um beijo. Adeus!
Autoria: Marcela Pimentel
Autor: Marcela Pimentel