Abra os portões de sua alma
Num horizonte
Num amanhecer
Em alguma fonte
Depois do sol nascer.
Após a lua surgir
Depois do farol se apagar
De a baleia emergir
Eu poderei entrar?
Não custa nada tentar
Quando esforçamos a ajudar
Não custa nada acreditar
Quando deixamos os sentimentos levar.
Dizem, quando a mente não pensa
O corpo padece
Dizem, que a união faz a força;
Mas às vezes nos unimos
Pensando que se não dar
Podemos outro sem mais nem menos trilhar.
E achamos que ninguém perde além de nós
Mas deixamos de ir além da percepção
De buscar até mesmo nas profundezas que desconhecemos
No lado escuro do coração, no verso de uma canção
Além de tudo e de uma ilusão.
Abra os portões de sua alma
E tente vislumbrar a vida
Os rios que cortam e correm para os campos
Os pássaros que mergulham e que cantam
Encantando a alma que se cansa
De atravessar oceanos pelos sentimentos
e despertar numa praia deserta
após o firmamento de nossas decepções
e depois das mudanças das estações
tudo que nos resta são as recordações
de algo que passou e que culpamos o mundo
afinal, foi ele que falhou.
Autor: Adriano Villa