Me Desencante
Chegou a hora de fechar os olhos
Tentar esquecer um sorriso que não se viu
E uma palavra que não se ouviu.
Chegou a hora de guardar os sonhos no baú
De olhar para frente e perceber o longo caminho
E para traz, lembrar que deixa o carinho.
Me desencante agora
Eu preciso continuar vivendo no vazio
No vácuo dos meus pensamentos sem direção
Sem nenhuma esperança na mão
Sem nenhum sonho esperando realização
Me desencante se puder
Tenha compaixão de minha alma
Que por dias sofreu em vão
Tenho caminhado pelo mundo faz tempo
Em cada sentimento
Um novo tormento… Qual será o problema?
Será que sou eu o famoso ladrão?
E se eu fosse como todos são
Sem histórias para contar
Sem palavras para encantar?
E se eu fosse como todos são?
Provavelmente não estaria feliz comigo mesmo
Pois para mim, não existe solução.
Você me laçou com teu jeito
Cativou tudo que podia mais rápido do que percebi
Você adentrou minha residência
Tornou-se razão de sobrevivência
Aquele sonho que te faz querer viver mais um pouco
Mas agora, meu doce anjo de asas negras
Preciso que me desencante
Não sei o que se passa em seu coração
Mas o meu perdeu o rumo, sua direção
E não sei mais para que lado devo ir
Eu poderia lhe seguir
Se ao menos soubéssemos o que acontece
Estamos assustados, não entendemos nada
Achamos a vida ingrata,
Por nos apresentar somente agora
Justo num momento
Que tentamos ir embora
Pois nosso interior mudou
E não sabemos se isso é amor!
Autor: Adriano Villa