Olhares e juras de amor
Meus lábios anseiam os teus
Meu corpo deseja tua pele quente
Encostada junto ao meu peito
Numa guerra de corpos
Numa troca de fluídos
Olhares e juras que aos poucos
Vão se perdendo na imensidão dos dias
E de repente você olha para o mundo
E pergunta: porque?
E num instante toda realidade
Torna-se um sonho saudoso
Um desejo trancafiado e silenciado
E nas tuas profundezas
Aquele que um dia disse
Eu serei sempre o escavador de sua mina
De repente não aparece
E subitamente os pensamentos buscam a justificativa
Teria ele encontrado outras fontes de minérios?
E os pensamentos crescem desordenados
Como uma imensa torre de babel cerebral
E a sombra da desconfiança se acomoda as suas costas
E todos seus passos parecem viajados
Como se alguém lhe escondesse algo
Como se alguém fizesse as coisas em tuas costas.
E os caminhos largos se formam estreitos
E sob tua paz um campo de batalha surge
E abre uma trincheira para se proteger das asneiras
Que teu eu doentio suspira aos teus ouvidos.
Se ele faz… por que não fazer?
Quem ama concede, quem concede ama
Quem tem ciúmes também ama e quem não tem, chamo de confiança.
Quem lhe procura antes de dormir é aquele que não lhe procura apenas para cama
Afinal, um casal é uma forma de caminharem para algum lugar
Juntos, em busca de algo comum, a realização de ambos
O amor não vive aos anos com o mesmo ardor da adolescência
Mas sobrevive com o sentimento que somente o tempo pode nos dar…
A paixão é a chama que arde, que queima, que transpira
O amor é o alimento que nos leva a viver cada dia
Com a mesma pessoa em nossa vida.
Autor: Adriano Villa