Para um amor reticente…
Querida,
não tenha medo de nada e muito menos de mim, pois “o medo de amar é o medo de ser livre”. Não é assim que diz a canção?
Sabe, depois que eu te percebi realmente, depois que eu notei o quanto você é doce e bonitinha, passei a enfrentar um problema bem peculiar: sinto a minha cabeça dançar valsa enquanto o meu coração toca Jazz. E não é só: logo eu, que sempre curti MPB, agora já me sinto “meio bossa-nova & Rock and Roll”. Aliás, estou bem mais pro rock and roll… Só não quero descobrir que sambei!
Olha, escuta… talvez eu nem esteja mesmo apaixonado. Na verdade, sinto-me encantado, sinto uma expectativa feliz no meu peito e a minha memória já funciona impulsionada pelo seu agradável sorriso, pela lembrança de um leve roçar de pele no seu rostinho macio; por sensações muito gostosas, de tão juvenis que são…
Vamos continuar esta brincadeira adolescente, querida? Posso te imaginar passeando de mãos dadas comigo num lindo parque arborizado? Posso te imaginar neste parque, tomando um sundae de chocolate enquanto eu paraliso enfeitiçado pela luz dos seus olhinhos brilhantes? Posso imaginar que de repente, neste mesmo parque, eu vou te conduzir para perto de uma árvore nobre e frondosa e roubar um beijinho desta sua boquinha linda?
A propósito, vamos tomar um sorvete? um saquê? uma coca light? um chá?
Diga que sim, querida!
Beijinho!
Autor: Desconhecido